O DIÁRIO DA ANNE FRANK BRASILEIRA
O sensível e punjente relato de uma jovem brasileira presa no 8 de janeiro.
A leitura do livro "Por trás das Grades: o Diário de Anne Brasil", relato de uma jovem presa no 8 de janeiro, é muito difícil e impactante, tal é a força da narrativa da autora ao retratar os fatos de forma quase cinematográfica, de modo a nos fazer sentir como se estivéssemos presentes aos acontecimentos e locais onde as terríveis cenas se desenrolaram e de modo a poder sentir quase as mesmas emoções duramente sentidas na pele pela própria Anne.
Anne Brasil é pseudônimo muito bem escolhido, certamente para traçar um paralelo com o célebre “Diário de Anne Frank”, que relata os horrores passados por uma jovem judia sob o nazismo. No entanto, o relato de Anne Brasil é muitas vezes mais punjente do que o do Diário de Anne Frank. É impossível não se emocionar e não se indignar diante das atrocidades sofridas por Anne Brasil ao longo de seu calvário, imposto de forma injusta e desumana por uma decisão extermamente autoritária e cruel tomada e executada pessoas e instituições que deveríam estar a serviço do povo e não contra ele.
Anne Brasil e outros mais de mil brasileiros foram submetidos a uma prisão absurda e surreal de forma coletiva, sem individualização das acusações e sem o devido processo legal. Pessoas de todas as idades, inclusive idosos, portadores de várias comorbidades, deficientes físicos e doentes mentais, foram mantidos no cárcere sem o menor respeito aos seus direitos humanos, sem acesso a atendimento médico e medicamentos, submetidos a tratamento torpe e humilhante, levados para a prisão de forma abjeta como animais (ou pior, de forma que nem mesmo animais merecem ser tratados) sem ao menos receberem voz de prisão e comunicados de que crimes estavam sendo acusados.
O tempo passava e ninguém se dignava a explicar o que estava acontecendo de fato. A tensão e o desespero aumentavam. Algumas pessoas começaram a passar mal, desmaiar, parecia uma cena retirada de um filme de terror. Em um momento profundamente constrangedor e humilhante dentro do ônibus, observei um senhor que não conseguiu se segurar e se urinou ali mesmo.
No início da narrativa Anne faz questão de apresentar uma pequena biografia, que mostra que ela é uma cidadã normal, uma pessoa de boa formação moral, pertencente a uma família brasileira normal de pessoas honestas e trabalhadoras, uma jovem de bons costumes, que nunca fez uso de drogas, religiosa, inteligente, estudiosa, que nunca fez mal a ninguém ou sequer cometeu qualquer crime ou ato violento que a fizesse merecer tudo por que passou e continua passando, visto que continua sendo obrigada a usar uma humilhante tornozeleira eletrônica e sofrendo inúmeras restrições à sua liberdade.
O advogado Cláudio Caivano1, autor do prefácio do livro, que foi um dos poucos advogados que se dispôs e se ofereceu para defender pessoalmente algumas das vítimas dessa barbárie, descreve muito bem o que significou, do ponto de vista jurídico2, essa hedionda prisão de pessoas que apenas exerciam o direito constitucional de manifestarem sua opinião e inconformidade diante da situação política da nação. É importante salientar que o relato do livro se refere a pessoas que foram presas no acampanento e não participaram dos atos de vandalismo ocorridos na praça dos Três Poderes, os quais, por outro lado, como mostram alguns vídeos, foram pelo menos em parte perpetrados por elementos infiltrados com o objetivo de atiçar os ânimos dos mais afoitos e transformar o que era para ser uma manifestação pacífica e civilizada - como de resto foram todas as inúmeras manifestações ocorridas em todo território nacional desde 2014 - em um ato de vandalismo e violência. Segundo relata Caivano a ação da polícia e do exército foi planejada com detalhes insólitos e requintes de perversidade, como, por exemplo, iniciar as ações após as 6h da manhã para não caracterizar violação de domicílio, uma vez que as pessoas acampadas estavam domiciliadas no local há vários dias. As pessoas foram conduzidas para dentro dos ônibus - cena muito bem descrita no relato de Anne Brasil - sem saber o que estava acontecendo e, o que é muito grave, sem que em nenhum momento tenha lhes sido dada voz de prisão, ou seja, as pessoas foram induzidas a subirem nos ônibus enganadas de que seriam levadas para a rodoviária, jamais podendo imaginar que estavam sendo presas, o que pela Convenção de Genebra, da qual o Brasil é signatário, é caracterizada como PERFíDIA3, conforme relata Anne Brasil:
O soldado, com frieza calculada, apontou para um grupo de ônibus distantes e nos disse que poderíamos ir por aquele caminho e seríamos levados para a rodoviária. Inocentemente acreditamos nas forças armadas.
Caivano traça ainda um paralelo entre o 8 de janeiro brasileiro, o episódio do Capitólio, ocorrido em 6 de janeiro do ano anterior nos EUA, que teve muitas semelhanças, e o Incêndio do Reichtag, uma pérfida armação montada pelo pelo Partido Nazista4 para incriminar e prender os opositores do regime, para o que foi criado um tribunal de excessão, o Tribunal do Povo, que funcionou até 1945. Como coloca Caivano no prefácio do livro:
O Estado brasileiro tornou-se o algoz, toda a perversidade da natureza humana foi demonstrada através de decisões arbitrárias, autoritárias e impensáveis, inimagináveis em um estado Democrático de Direito.
Após a leitura do livro ficam pelo menos duas certezas:
A certeza de que os indivíduos responsáveis por decretar e executar essas prisões arbitrárias são seres tão cruéis quanto Calígula, Nero, Hitler, Stalin, Pol Pot, líderes do Hamas e outros tiranos do gênero ao longo da história humana, pois o relato dos fatos ocorridos se assemelha muito aos feitos por vítimas de campos de concentração nazistas ou dos Gulags soviéticos.
A outra certeza é a de que se alguém concorda, apoia ou encontra formas de justificar essa medida totalitária e ignóbil contra seres humanos já perdeu por completo sua humanidade e seu senso moral e de justiça.
O mínimo que podemos fazer é divulgar esse livro ao máximo para que o maior número possível de pessoas tenha acesso ao conhecimento dos fatos ali narrados, por mais doloroso que seja. Se alguém tomar conhecimento disso e continuar acreditando na narrativa de que "o amor venceu" é sinal de que essa pessoa já perdeu sua alma ou a vendeu ao diabo, que provavelmente é quem está no comando.
Parabéns a Emílio Kerber e à Livraria Conservadora pela publicação de mais essa obra essencial ao registro da história brasileira, que certamente entrará para os anais da história da humanidade como um dos fatos mais escabrosos jamais ocorridos, infelizmente, pois o melhor teria sido que nunca tivessem acontecido.
Referências:
Autor do livro 08.01 | A História Não Contada.
Entrevista com Dr. Cláudio Caivano.
Prefídia. Qualidade do que é pérfido. Ação para enganar ou que contraria o que foi afirmado ou prometido. = DESLEALDADE, INFIDELIDADE, INSÍDIA, TRAIÇÃO, FALSIDADE.
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
Para quem ainda não sabe o nome completo do Partido Nazista era Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores (a expressão Nazist decorre da fusão do termo Nationalsozialist).
Bastante dissonância cognitiva. O "diário" de Anne Frank foi escrito pelo pai depois da guerra. A mesma fraude foi empregada por Leo Kanner e George Frankl para plagiar Johannes Asperger. Bruno Bettelheim e Sigmund Freud foram charlatães que criaram uma aura narcísica em torno de si mesmos, a la Senor Abravanel. Eu já li The Invention of Doctor B, The Freud Files, The Einstein Hoax e The Manufacturing and Selling of Saint Einstein, traduzi os textos originais diretamente do russo, alemão, francês e inglês e comprovei as fraudes dos invasores que chegaram à América como refugiados. O que o judeu Kerber quer fazer é esconder o fato que o Pegasus introduzido por Moro e Dallagnol induziu os manifestantes de Brasília para gerar um falso precedente para prisões arbitrárias. Gary Waterman, Whitney Webb, Suzanne Bousque, Yves Benedetti e Isabel Peralta têm provas irrefutáveis. Trata-se de um ato de guerra de Israhell contra o Brasil e o mundo e os judeus são uma quinta-coluna infiltrada nos setores público e privado para aquisições hostis e sedição. Os sayanim. Agora, estão trazendo militantes do Hamas e do Hezbollah para colocar a segurança dos judeus acima da dos brasileiros, americanos e europeus. Síndrome de Estocolmo, sofremos lavagem cerebral para amarmos os judeus e odiarmos quem nos liberta deles, principalmente os alemães. Assim, os judeus destroem a humanidade invocando auto-defesa e há muitos que dão a vida por eles.